BIOCLIMATIC CONSULTANCY FOR PUBLIC HOUSING COMPLEX. São Paulo

AEDAS public housing, São Paulo, Brasil.

Authors: Raúl Alonso Estébanez & Interurbano

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O presente estudo tem como objetivo verificar a eficácia da iluminação e da ventilação naturais, para as unidades do conjunto residencial projetado para a Comunidade São Francisco, lote 2, em São Mateus, na cidade de São Paulo. O objeto específico de análise são os cômodos com abertura orientadas à corredor de circulação coberto.

De um modo geral, não detectamos grandes problemas enquanto à ventilação ou iluminação dos cômodos orientados ao corredor coberto. Observamos que há pouca incidência solar direta nos cômodos que faceiam o corredor, no entanto isso não chega a comprometer a disposição proposta pelas seguintes razões:

– A parede dos cômodos que dá ao corredor quase não receberá sol, no entanto o corredor sim receberá, e se consideramos que os revestimentos nesta área serão claros, e com isso terão alta capacidade de reflexão, a luz indireta que teremos será suficiente para o tipo de tarefas que se executam nos ambientes em questão.

– Se reduzíssemos a largura do corredor conseguiríamos um aumento pouco considerável de radiação solar, uma vez que pela orientação que temos, será justo nos meses de verão quando se conseguiria mais sol, ou seja, na época em que convém proteger para que não haja aumento excessivo de temperatura no interior da unidade.

– A opção de inverter a posição da cozinha com o banheiro, faria com que aumentássemos a quantidade de sol neste ambiente, mas também faria com que este ambiente deixasse de estar exposto aos ventos dominantes. Em cozinha e área de serviço, a falta de vento é mais grave que a falta de luz, já que a luz natural pode ser complementada pela artificial, e a ventilação não.

– Ainda pensando na cozinha, a luz solar direta pode inclusive atrapalhar o tipo de tarefa que se executa neste ambiente, além de poder causar o aumento de temperatura em um ambiente já exposto ao calor excessivo.

Consideração final – apesar da cozinha não receber iluminação solar direta ela recebe luz difusa suficiente, que poderá ainda ser melhorada artificialmente. Considerando a ventilação como um fator essencial em uma lavanderia, a localização da área de serviço voltada ao corredor  apresenta melhores condições do que se estivesse na fachada oposta.

Portanto, o corredor mais largo não tem graves conseqüências para a iluminação dos cômodos internos, e pode ser de grande valor para o convívio social entre os vizinhos do edifício.